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sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

5º Grande Ato MPL contra o aumento da tarifa - R$ 3,80 NÃO!

Texto e Imagens: Ribas Machado
Agradecimentos para: - Coletivo território Livre,
Sr. Luiz Danttas, Sr. Wallace Carvalho,
Fotógrafa Narumi Tsuruta, GAPP




É...
 
Hoje no (TALVEZ por acaso) aniversário de um ano do ato mais calmo e tranquilo das jornadas de 2015, tivemos uma manifestação completamente vandalizada (do início ao fim) pelas guardas políticas do Governador Emburrado, com um desfecho no mesmo fatídico lugar (praça da República) e com igual ou muito mais descontrole e violência do que foi visto em 24 jan de 2015 (um dos atos mais cruel e covardemente reprimidos durante a jornada de 2015).

Ainda nos é muito difícil escrever sobre ontem (sim, hoje já é dia 22), ainda estamos com nojo, vergonha e raiva de tudo que vimos, ouvimos e ficamos sabendo...

Mas...

Tudo começou (por volta das 17h41)


Com um impasse (sm. Gal. Situação de que é difícil ou impossível boa saída -Segundo o Aurélio-)



Impasse este que se resumia na seguinte situação:
  • MPL e manifestantes queriam manter seu direito constitucionalmente assegurado de seguir o trajeto anunciado muito previamente às 15h12 
    Terminal Pq D. Pedro(Concentração 17h00)
    - Rua General Carneiro - Rua Boa Vista - Secretaria de Transporte
    - Libero Badaró - Viaduto do Chá - Praça Ramos de Azevedo
    - Rua Conselheiro Crispiniano
    - Av. São João - Av. Ipiranga
    - Av. Sao Luis - Camara municipal de SP
    - R. Asdrúbal do Nascimento
    - 23 de maio
    - ALESP
  • Oficial da PM "conciliador" tinha ordem (talvez do autor de manuais de direito constitucional, talvez do seu chefinho, leia-se governador emburrado), sem NENHUM embasamento legal ou constitucional, frise-se, de só deixar o ato andar se fosse no caminho escolhido por eles (ESTADO)!!!!
Obs: No fundo, bem lá no fundo dá ate dó de ver um profissional de alta patente, que deve ter estudado até muito mais que a dupla citada acima (eu me pós graduei com vários altos oficiais da PM na década de 90 -muitos ainda na ativa e ainda bons amigos pessoais- e pude ver o quanto eles, na falta do que mais fazer, estudam, lembro até de um Coronel Bombeiro fluente em 7 idiomas, com dois mestrados e concluindo um doutorado), ter que se rebaixar a ser garotinho de recados de políticos de ocasião interessados em massacrar pessoas que ousem não lhes abaixar a cabeça, políticos que preferem gastar milhões com caveirões usados pra reprimir manifestantes, ao invés de usar a mesma quantia para solucionar problemas simples e, com isto, evitar o surgimento do desejo, hoje, justo e perfeito, de manifestações (será que não pensam, ou será que é só pura maldade mesmo???). 
Impasse que "não era entendido" por ninguém que ousasse pensar um pouquinho e tivesse independência/imparcialidade/seriedade para se expressar, como por exemplo...

(Dr. Walter Foster Jr. - Ouvidor de Polícia do Estado de São Paulo)

Impasse que ameaçou ser solucionado pelos vândalos estatais às 20h36


Impasse que começou a sinalizar um fim, por volta das 21h10





Impasse que teve um FIM (dado/criado/forçado/maquinado pelo ESTADO, pela guarda política do governador e seu secretário escritor -sob silêncio e omissão do Prefeito) iniciado por volta das 21h30... 
  • Que pode ser visualizado através de 04 maravilhosas fotos da (gentilmente cedidas, para postagem aqui, pela) excelente fotógrafa Narumi Tsuruta que estava isolada/presa com outros coleguinhas entre a linha de contenção inicial e a linha dos caveirões (detalhe que neste "quadrilátero construído", que distanciava o início da manifestação, da última linha do choque -onde estávamos, barrados-, em mais ou menos 200 mts de distancia, tinham outras linhas menores e grupos, como os que aparecem nas fotos)





  • Que pode ter o resultado, da ordem do sr. governador e seu secretário doutrinador, parcialmente conhecido pelo registro captado no vídeo abaixo,(gentilmente cedido para divulgação, pelo Sr. Wallace Carvalho).




E quase finalizado por volta das 21h47, por muito pouco (para a tristeza de quem deu a ordem e devia estar na torcida em casa, pelo telefone/televisão/internet/radinho de pilha), em morte!!!



Eu disse finalizado???

Bom, na verdade, como vocês devem imaginar (quando os vândalos estatais recebem o "comando em inglês" para estragar a manifestação que seguia pacífica) nunca acaba quando termina...

E ontem não foi diferente...

Após o "fim", foi iniciada a tradicional caçada humana que, ontem, dentre várias atuações, que mancham a Constituição Brasileira e resvalam na lei 4868, teve vários "suspeitos padrão" averiguados/detidos, incluindo uma inovação, qual seja deter/abordar, com ironia e falta de profissionalismo uma Jornalista da Folha de São Paulo (Anna Virginia Balloussier), EM FRENTE A FOLHA DE SÃO PAULO!!

Pérolas da abordagem:
- Você é jornalista, CADÊ SEU COLETE? (Colete!!!???)
- Você vai ser abordada agora, FILHA... (Filha!!!???)
- Você tava filmando, tá muito ofegante hein!!
Obs: Tá que a FOLHA com seus atuais colunistas e matérias sobre os atos, tem uma atitude suspeita mesmo, mas não era pra tanto!
Obs: Só explicando o pensamento "cara crachá" do militar curioso, a PM tem voltado a oferecer um colete de flanelinha para jornalistas (se diferenciarem e não serem "presos em atitude suspeita" tsc tsc) que aceitam se fichar no comando, ou com o oficial de plantão no dia da manifestação... Colete este que, alguns coleguinhas, que mal sabem o que estão fazendo ali, no chão, no meio do povo, aceitam usar...


(DETALHE para o contraste entre o sujeito -e todos os demais em volta- com camiseta e 
jeans, enquanto o coleguinha usa um modelito composto de colete de flanelinha, capacete, óculos, mascara e uma fitinha  no braço com o telefone da vovó pro caso dele tropeçar e fazer dodói)

Quase 22h00 e a caçada seguia pela região do centro de São Paulo...



22h17 saímos (eu e outros coleguinhas que comigo estavam lá na esquina) andando pelos escombros até parar para conversar na entrada pra estação República, onde muitos jornalistas e alguns manifestantes se reuniam...


Por falar na entrada pra estação, o acesso já estava "liberado" após revista pessoal (como é!!??)



Pois é...


Tudo calmo até que 6 ou 7 seguranças da estação sobem puxando uma pessoa, jogam-na pra fora e fecham a porta de novo...



Isto se seguiu até por volta das 23h10, quando novamente liberaram a entrada e permitiram a entrada das "pessoas de bem" (obrigado pela lembrança disto, Vanessa Bárbara...)


Entrei, passando por uma linha de (outros) seguranças (da linha amarela) fazendo pose e cara de fome...


Segui para o Terminal Bandeira, onde cheguei às...


E fui embora me recolher...


Com nojo, raiva, vergonha e sem conseguir entender o que/como quem deu a ordem primeira e os seres humanos fardados que a acolheram conseguem dormir tranquilos a noite e conviver consigo próprios e suas famílias no dia a dia... (sim, eu sei que eles fingem que combateram o mal, sei que insistem em mostrar -talvez pra tentar acreditar- jovens VIOLENTÍSSIMOS com camisetas no rosto, pichações e vidros quebrados que lhes daria razão de agir... Eu sei! Mas também sei e citei acima, que -uma maioria- tem inteligência e condições pra saber a verdade... Fico com dó desses!!! Deve ser duro saber que estudou tanto -até os soldadinhos que passaram em um concurso e pela academia- para ter que atender engravatados emburrados e, com isto, amaldiçoar uma farda e suas próprias vidas, agindo como monstros)

FEITO O RELATO ACIMA...

VAMOS FALAR UM POUCO DO ATO QUE DEVERIA TER OCORRIDO?

VAMOS???

LEGAL!!


Bom, o ato era o...



Ele iria começar exatamente no lugar em que as Jornadas de 2015 acabaram, sambando, sem conseguir a redução, em 18 de fevereiro de 2015? Lembrem clicando aqui.
Teve o trajeto anunciado, por volta das 15h12, que seria:
Terminal Pq D. Pedro(Concentração)
- Rua General Carneiro - Rua Boa Vista - Secretaria de Transporte
- Libero Badaró - Viaduto do Chá - Praça Ramos de Azevedo
- Rua Conselheiro Crispiniano
- Av. São João - Av. Ipiranga
- Av. Sao Luis - Camara municipal de SP
- R. Asdrúbal do Nascimento
- 23 de maio
- ALESP
Trazia o seguinte texto da página do evento:
5º GRANDE ATO CONTRA A TARIFA

QUINTA - 21/01 | 17H | TERMINAL PARQUE DOM PEDRO II

O direito à cidade está posto em xeque. Hoje, transitar por São Paulo é um direito pelo qual cada vez menos pessoas podem pagar. O aumento da tarifa vai excluir mais 400 mil pessoas do sistema de transporte. Sem contar as que já estão excluídas só porque os políticos acham que transporte é uma mercadoria que serve aos lucros dos empresários, e não um direito da população.

A situação está osso! Obras no metrô suspensas, monotrilho na zona leste suspenso, 13.000 cobradoras e cobradores demitidos do ano passado para cá, nova licitação municipal completamente desvantajosa para a população, lotação humilhante nos ônibus, trens, metrôs, atrasos, péssimas condições, falhas sistemáticas que colocam a vida de todas e todos em risco, desvio de dinheiro do transporte na casa dos bilhões.

Sairemos do terminal parque dom Pedro, maior terminal da américa latina, símbolo da nossa humilhação diária, para dar o recado de quem deve mandar no transporte. Nós! Usuárias e usuários. Hoje vamos cobrar quem decide pelo nosso sofrimento! Iremos para a secretaria de transporte, o escritório dos mafiosos do transporte, cobrar a redução imediata da tarifa, para camara dos vereadores de São Paulo denunciar o processo licitatório dos transportes municipais, que perpetua a lógica do transporte mercadoria por pelo menos mais 20 anos! Seguiremos para a assembléia legislativa do estado para denunciar o descaso do estado com o metrô e trens da CPTM, que nos colocam em risco todo dia, travam a cidade com sua ineficiência e ainda geram lucros gigantescos nos esquemas de carteis, e nas linhas privatizadas.

O trajeto hoje vai ser:

Terminal Pq D. Pedro - Rua General Carneiro - Rua Boa Vista - Secretaria de Transporte - Libero Badaró - Viaduto do Chá - Praça Ramos de Azevedo - Rua Conselheiro Crispiniano - Av. São João - Av. Ipiranga - Av. Sao Luis - Camara municipal de SP - R. Asdrúbal do Nascimento - 23 de maio - ALESP

Manifestamos novamente nossa disposição em começar e terminar este ato, a luta não para!

EXIGIMOS A REDUÇÃO DA TARIFA!
EXIGIMOS UM TRANSPORTE DE QUALIDADE!
TRANSPORTE É DIREITO! NÃO É MERCADORIA!

E tudo isto só serviu para as 17h00 todos os ônibus já começarem a ter o caminho barrado na Praça da Sé, quando, então, quem quisesse, teria que seguir andando...

E lá fui eu caminhando (e rezando, afinal ontem era o dia mundial da religião)



Ate começar chegar às 17h22 no Terminal Parque D. Pedro II


E já ir ter ideias do que seria o dia de hoje...


Mas segui em frente, cheguei na concentração e, dela pude reconhecer a casa de umas primas, onde subi pra visitar e de lá fiquei observando a concentração que ia enchendo e situações (já trabalhadas acima)...














Vez ou outra (18h17) eu descia pra dar uma checada lá embaixo...


E ouvir, de pertinho, um pouco da bateria alegre e batuta...



Aí subia de novo pras primas de modo a ter uma visão mais ampla de tudo...







E poder acompanhar o que estava acontecendo...




Ver o choque chegando...

 

E ver também...


Viram?


E agora?


Alias muita coisa (e bolsas de bomba) era possível ser vista...


Até quem estava lá pra ver também...


  Alias, ver e ouvir o jogral que começava...


E, após seu término, começava (a concentração) a ser (mais) cercada...





19h45, no relógio

MUITA tensão MASCARADA no ar...


E lá vou eu de volta pro chão (me despedindo das primas) para acompanhar o ato que começa a andar...


19h50







19h59 e a faixa a final começa a deixar a região... (Ufa! Até aqui tudo bem...)


Acompanho a passagem da faixa final, e toca correr pra frente (pois hoje eu não queria ficar pra trás...)


E lá fui eu...



Avançando com o ato...





Embora do meio pro fim, eu e muitos jornalistas (e socorristas) tenhamos sido meio que isolados do ato (por uma linha de policiais com capacete branco, muito fofa e simpática...)

Me senti como em uma ala vip de bloco de carnaval, só faltou o abadá, muito embora alguns (poucos) coleguinhas estivessem com o colete de flanelinha... tsc tsc


Aí seguimos andando (se parássemos eramos atropelados pela linha da PM)


Relógio já marcando 20h17 




E lá vamos nós (rumo à emboscada)


Mais Igrejas pelo caminho...


Mais orações...


E bora pra frente, pq atrás...


Chegamos na Líbero

 



Onde ocorreria um pequeno caos (já citado acima)




Chegamos na Prefeitura (20h39)


Com a GCM no seu posto avançado (sim, é uma foto nova, juro!!!)


Seguimos...


Pro Municipal...


Pra onde a massa avançou pelo mesmo caminho de 24 janeiro de 2015


E eu fiz o mesmo (seguindo pelo mesmo caminho que segui naquele dia) dando a volta pra pegar o ato lá na república...

Avancei...


Tive um Deja Vu


Atrapalhei o Repouso de Mercúrio


E quando estava me posicionando pra esperar o ato que já chegava na República...

21h16 Os caveirões do choque começam a chegar e me isolam (junto a muitos outros jornalistas)




Com uma linha que eu nunca tinha visto antes (EM UMA MANIFESTAÇÃO PACÍFICA)


93115


93116


93117


E aí a tensão explodiu de vez






Até bater 21h35, quando TUDO COMEÇOU A EXPLODIR!!!!

Enfim...

Fim de um dia que poderia nunca ter existido mas, espero, ficará marcado profundamente na alma dos seus causadores!!!

Até a próxima!!




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